Estupro em boate na Lapa: advogada critica postura no acolhimento da vítima pelos funcionários do local

  • 25/04/2024
(Foto: Reprodução)
O Profissão Repórter escutou vítimas de estupro e mostrou como funcionam os protocolos de prevenção à violência contra mulheres em casas noturnas de São Paulo. Veja caso de estrangeira que denunciou ter sido vítima de um estupro em boate no Rio No começo de abril, uma estudante estrangeira de 25 anos denunciou ter sido vítima de um estupro na boate Portal Club, no bairro da Lapa, Rio de Janeiro. O Profissão Repórter desta terça-feira (23) revisitou o caso em edição que discutiu os limites entre o sexo consensual e o estupro. A jovem conheceu um rapaz em uma festa que a chamou para o "dark room" (quarto escuro) do estabelecimento — lugar mais reservado onde teriam acontecido os abusos. Ela afirma não ter conhecimento de que estava indo para um local no qual as pessoas se relacionam sexualmente. 'Extremamente desconfortável' Estupro em boate na Lapa: advogada critica postura no acolhimento da vítima pelos funcionários do local A reportagem mostrou o vídeo de quando a vítima foi acolhida pelos funcionários do local para Gabriela Mansur, advogada especialista em direito das mulheres. O objetivo era entender se os funcionários seguiram o protocolo correto de atendimento para estes casos. Nas imagens, é possível ver que a vítima chegou na sala da gerência chorando e afirmou ter tido o celular roubado. Havia pelo menos quatro funcionários no local, entre homens e mulheres. Em seguida, um deles afirma que a viu saindo do ''dark room" com um homem. "Inicialmente a abordagem foi ruim até porque ela está em pé, em uma situação extremamente desconfortável, constrangida, em desespero, chorando, e sequer foi oferecido uma cadeira para ela sentar", explicou Gabriela Mansur. Estupro em boate na Lapa: advogada critica postura no acolhimento da vítima pelos funcionários do local Reprodução/TV Globo A vítima então diz que não sabia que havia um quarto escuro: "Quando ele fala que íamos para cima, achei que íamos ouvir música em inglês". O funcionário questiona, então: "Por que você continuou lá dentro com ele? Por que não saiu logo?". "Ele leva essa menina sem avisar para ela: 'Olha, você quer ir para um quarto escuro onde lá as pessoas têm relações sexuais?'. E a abordagem continua sendo 'você foi nesse quarto com ele, você quis ir nesse quarto com ele', afirma a advogada. "Ela falou que ela foi abusada. A partir do momento em que ela diz que foi abusada, tem que mudar totalmente a abordagem". Segundo Gabriela Mansur, a vítima deve ser encaminhada para uma sala reservada e afastada das outras pessoas. Além disso, o ideal é que uma mulher faça o atendimento, para que ela se sinta mais confortável. Profissão Repórter mostra protocolos de proteção contra abusos em bares em São Paulo Reprodução/TV Globo O que diz o estabelecimento Ao Profissão Repórter, a dona do estabelecimento nega que tenha havido falhas no atendimento oferecido a estudante estrangeira e afirma que os funcionários receberam treinamento para lidar com este tipo de caso. "Que bom que eles tiveram treinamento. Eu acredito que houve aí um acolhimento ruim, ao meu ver, com respeito ao estabelecimento. Houve uma situação que poderia ter sido muito melhor. Mas pelo menos ouviram essa situação, pelo menos receberam essa denúncia, pelo menos identificam esse autor", diz a advogada. Segundo a polícia, o exame de corpo de delito confirmou o ato libidinoso e as testemunhas ouvidas apontaram que houve apenas um autor do crime, que foi indiciado por estupro de vulnerável. Veja caso de estrangeira que denunciou ter sido vítima de um estupro em boate no Rio Reprodução/TV Globo Protocolos de proteção contra abusos Profissão Repórter mostra protocolos de proteção contra abusos em bares em São Paulo "Sinal vermelho para violência contra mulher". "Não se cale". "O lugar é público, mas o seu corpo não". O Profissão Repórter encontrou cartazes com estes dizerem em bares de São Paulo. Desde agosto de 2023, uma lei estadual obriga bares, restaurantes e casas noturnas a fixarem avisos como estes em locais visíveis e próximos a banheiros femininos. Os estabelecimentos devem, além disso, estar prontos para ajudar mulheres que sofram qualquer tipo de violência. "A gente tem aqui um informativo para quando a menina entra no banheiro. Por exemplo, se ela se sentiu coagida ou alguma coisa, aqui é um local mais reservado no qual ela pode fazer a denúncia sem ninguém ver", explicou Douglas Viana, gerente de bar visitado pela reportagem. Profissão Repórter mostra protocolos de proteção contra abusos em bares em São Paulo Reprodução/TV Globo Veja a íntegra do programa abaixo: Edição de 23/04/2024 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo:

FONTE: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2024/04/25/estupro-em-boate-na-lapa-advogada-critica-postura-no-acolhimento-da-vitima-pelos-funcionarios-do-local.ghtml


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